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Princesas da Disney: As 3 gerações

Sou pai de uma menina que adora coisas de princesas, minha esposa também gosta de algumas princesas da Disney. Já fiz um artigo em outro blog falando sobre, mas algumas coisas precisam ser revistas e atualizadas. Vamos fazer uma breve análise das princesas da Disney que marcaram presença em filmes, as de seriados não estão neste artigo. Cuidado!!! Contém spoiler.

Se você não conhece as obras citadas, pode procurar na internet que tem muito material oficial, filmes, livros, muitas coisas… Se você não se importa com spoilers, pode continuar…

  • Primeira geração de Princesas da Disney

Primeiro filme – 1937

A Disney, uma modesta empresa de animação, lança o que seria um marco para o cinema e a animação como um todo, “Branca de Neve e os Sete Anões”. Essa é uma história de uma princesa cujo pai morre e ela passa horrores nas mãos de sua madrasta… ok, provavelmente você já conhece essa história… Versão original dos irmãos Grimm.

Segundo filme – 1950

Passados 13 anos, aparece uma jovem loira, também maltratada por sua madrasta, chamada Cinderela (ou Cinderella). A jovem vai ao baile, encontra o príncipe, etc… mas uma figura nova aparece no mundo Disney, a Fada Madrinha… ok, você também já deve conhecer essa história também… Versão original dos irmãos Grimm.

Terceiro filme – 1959

Aurora em “A bela adormecida”, surge 22 anos depois da primeira princesa,a segunda princesa loira, mas essa é princesa de nascimento, já que Cinderella se torna princesa ao se casar com o príncipe Henry, o Príncipe Encantado. O que Aurora e Snow White (Branca de Neve) têm em comum é que, sem mostrar nos filmes que elas se casam, somos levados a aceitar que houve um casamento depois do “The End”, diferentemente do que ocorre com Cinderella. Versão original dos irmãos Grimm.

Quarto filme – 1985

Após quase 50 anos depois do primeiro filme, e fugindo de adaptações de contos dos irmãos Grimm, a Disney lança filme “O Caldeirão Mágico”. A princesa em questão é uma menina de 12 anos chamada Eilonwy Llyr. Ela é o início tímido da mudança que vem ocorrendo com a personalidade das princesas, a autoconfiança e (relativa) independência. Já que o filme obteve pouco sucesso, há poucas referências sobre essa princesa.

  • Segunda geração de Princesas da Disney

Quinto filme – 1989

Voltando às adaptações de livros, aparece a primeira princesa rebelde do universo Disney, Ariel, filha do rei Tritão. Essa é uma adaptação da história “A pequena sereia”, do dinamarquês Hans Christian Andersen. Diferentemente do original, a princesa se casa com o príncipe Eric e tem uma filha com ele, a pequena Melody (“A Pequena Sereia: O Retorno para o Mar”, lançado em 2000). Ariel é muito curiosa, toma decisões por conta própria, mas ainda está ligada ao destino de todas as princesas da Disney de até então, se casar com o príncipe.

Sexto filme – 1992

Pela primeira vez saindo da temática europeia, o filme “Aladdin” apresenta Jasmine, a filha do sultão. É uma princesa mais independente, mais esperta e mais autoconfiante do que Ariel e Eilonwy juntas, mas… também se casa. O diferencial é que agora o amado deixou de ser um príncipe, é um plebeu “carinhosamente” conhecido pelos guardas como “rato de rua”… perceberam a mudança? Pois é… e só está começando…

Pula Nala, de O Rei Leão (1994); Pocahontas (1995); Mulan (1998); Kiara, de “O Rei Leão 2” (1998); Atta e Dot, de “Vida de Inseto” (1998); Kida, de “Atlantis: O Reino Perdido” (2001)… depois eu explico…

  • Terceira geração de Princesas da Disney

Sétimo filme – 2009

O filme “A princesa e o sapo” é, na verdade, um reboot. Fugindo do padrão europeu, a história se passa nos Estados Unidos, Tiana é negra, nem é princesa de nascimento, e tem uma personalidade mais forte que suas antecessoras. É no desenrolar da história que ela sente algo pelo príncipe Naveen, o primeiro príncipe negro, mas o segundo africano (Simba foi o primeiro)… Versão original dos irmãos Grimm.

Oitavo filme – 2010

A história de Rapunzel também teve um reboot, “Enrolados” (2010). Primeiro mudaram o motivo pelo qual ela está na torre; deram poderes mágicos à garota; aparece um ladrão no lugar do príncipe… simplesmente mudaram toda história de Rapunzel e suas “tranças de mel”, talvez por isso o nome é diferente… “A princesa e o sapo” e “Enrolados” são histórias que se apropriaram, sem nenhuma carga pejorativa do termo, de personagens de outros contos para montar uma trama original. Nada contra, mas os filmes de princesas no século XXI já não são como os do século anterior… Versão original dos irmãos Grimm.

Nono filme – 2012

Até então, todas as princesas terminavam o filme com um par romântico… isso antes de aparecer Merida, de “Valente”. A garota é, pra mim, o primeiro símbolo feminista característico nos filmes de princesas. Há outras personagens que podem ser consideradas feministas. Merida é uma princesa forte, decidida, não pretende se casar nem tem afeto por nenhum pretendente. A princesa arqueira das Highlands, cabelos cacheados cor de fogo, não tem seu afeto direcionado a um homem. O foco passa a ser a família, as relações mãe e filha, mais precisamente. A personagem mágica não é uma fada, é uma bruxa, que não é má, ela apenas realizou o desejo da garota.

Pula Vanellope, de “Detona Ralph” (2012)…

Décimo filme – 2013

“Frozen” veio quebrando uma série de paradigmas que pouca gente deu importância.

  • Primeiro: a princesa tem poderes mágicos e não consegue controlá-los nem recebe treinamento adequado;
  • Segundo: ambos os pais morrem, não foi dessa vez que teríamos uma princesa com padrasto;
  • Terceiro: o troll diz que somente um ATO de amor verdadeiro (ele diz ato, não beijo) pode salvar a princesa;
  • Quarto: Hans, o príncipe da trama, é mau;
  • Quinto: a rainha não é má;
  • Sexto: não há casamento nem indicativo de que vá ocorrer (não acho que Anna tenha se casado com Kristof).

Esses são só os que eu me lembro agora, fora os avanços na parte técnica, etc…

Pula “Moana” (2016)…

  • Resumindo

Personagens como Nala, Pocahontas, Tiger Lily (Tigrinha), Mulan, Kiara, Atta e Dot, Kida, Vanellope, Bela, Jane, as irmãs Lilo e Nani, Sininho, Esmeralda, Moana, entre outras meninas/mulheres, independentemente de serem princesas ou não, ajudaram muito a desconstruir lentamente a ideia de princesa dos anos 1930. Comparando a personalidade de Branca de Neve com a de Anna, há uma diferença gigantesca, são apenas 76 anos de diferença, não poderia ser igual.

Fazer com que as meninas se inspirem nessas personagens mais independentes é válido e saudável. Toda mudança brusca gera desconfortos, mas, quando paulatinas, como mostrado acima, parece natural, não há estresse, não tem pai chato reclamando de “temática isso, temática aquilo…”

A sociedade muda, as princesas, também.

 

Fonte:

Wiki Disney Princesas

1 comentário em “Princesas da Disney: As 3 gerações

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