Complemento Verbal é o nome dado ao termo que completa o sentido do verbo. Geralmente ficam à direita do verbo, no final da frase. Por ser um complemento, sua ausência na frase prejudica o entendimento do enunciado. Somente em casos muito específicos, pode-se omitir essa informação.
Complemento Verbal: principais características
Há dois tipos básicos de Complementos Verbais: Objeto Direto e Objeto Indireto.
- Objeto Direto: Elemento, definido ou não, que é selecionado pelo predicador verbal, geralmente, sem preposição. Normalmente é a resposta para “O que X Y?”, considerando X o sujeito e Y o verbo. Vejam as frases abaixo:
Eu joguei a bola para as crianças. (O que eu joguei? A bola.)
Entreguei o livro ao professor. (O que eu entreguei? O livro.)
Os voluntários serviam sopas nas noites frias. (O que os voluntários serviam? Sopas.)
- Objeto Indireto: Elemento que necessita de preposição e é exigido pelo verbo. Assim como o Complemento Nominal, o Objeto Indireto sempre é preposicionado, mas este completa o sentido do Verbo.
A preposição mais comum é a (em alguns casos, para). Deve denotar um ser animado ou concebido como tal. Expressa o sentido de “beneficiário”, “destinatário”. Pode ser substituído pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes.
CUIDADO!!
O gramático Rocha Lima chama a atenção para um equívoco de se chamar qualquer elemento preposicionado de Objeto Indireto. Quando não podemos substituir o termo preposicionado por lhe/lhes, este será chamado de Complemento Relativo, outros autores chamam de Objeto Indireto mesmo. Vejamos os exemplos abaixo:
Gosto de você.
Ele assistiu ao jogo.
Preciso de ajuda.
Complemento Verbal especial: Objeto Direto preposicionado
Há casos em que o complemento verbal é um elemento preposicionado com função de objeto direto. O exemplo mais característico é:
Amar a Deus sobre todas as coisas.
A preposição “a” geralmente explicita o contraste entre o Sujeito e o Complemento Verbal. Encontramos o Objeto Direto preposicionado principalmente:
a) quando se trata de pronome oblíquo tônico (uso obrigatório):
“Nem ele entende a nós, nem nós a ele”.
b) quando, principalmente nos verbos que exprimem sentimentos ou manifestações de sentimento, se deseja aumentar a estima por alguém ou ser personificado:
Amar a Deus sobre todas as coisas.
Consolou aos amigos.
c) quando se deseja evitar ambiguidade, principalmente nos casos de:
1) inversão (o objeto direto vem antes do sujeito):
A Abel matou Caim.
2) comparação:
“Isto causou estranheza e cuidados ao amorável Sarmento, que prezava Calisto como a filho“.
Obs.: Sem preposição poder-se-ia interpretar filho como sujeito: como filho preza; todavia, o uso da preposição neste caso não é gramaticalmente obrigatório.
d) na expressão de reciprocidade – um ao outro, uns aos outros:
Conhecem-se uns aos outros.
e) com o pronome relativo quem:
Conheci a pessoa a quem admiras.
f) nas construções paralelas com pronomes oblíquos (átonos ou tônicos) do tipo:
“Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e aos leais”.
g) nas construções de objeto direto pleonástico, sem que constitua norma obrigatória:
“Ao ingrato, ou não o sirvo, porque (para que) me não magoe”.
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