Modo Imperativo

Modo Imperativo – Verbo

Depois de algumas conversas nas redes sociais por causa do artigo “Fica em casa ou Fique em casa?“, percebi que há algumas considerações a serem feitas acerca do Modo Imperativo na língua portuguesa. A mensagem que apresenta esse modo verbal é focada no receptor, pretendendo influenciá-lo, ou chamar sua atenção.

Não devemos chamar de tempo verbal porque o Modo

é a maneira como o falante entende uma determinada ação, seja ela a explicação ou apresentação de um fato real, ou uma possibilidade que se confirme ou não. (Verbo: comentários gerais)

O modo Imperativo é aquele ao qual falante recorre para impor sua vontade ao seu interlocutor.

Quando usar o modo imperativo?

Sempre que pretendemos obter algo da parte de outra pessoa ou conjunto de pessoas. Textos com função Imperativa, também chamada Conativa ou Apelativa, são utilizados quando queremos que alguém faça alguma coisa.

O imperativo é realizado de duas maneiras: a afirmativa e a negativa.

a) Imperativo Afirmativo

O imperativo afirmativo tem sua formação oriunda de dois tempos verbais: o Presente do Indicativo deu origem às formas Tu e Vós; o Presente do Subjuntivo das pessoas Ele/Ela e Eles/Elas deu origem às formas Você e Vocês.

  • Fala tu
  • Fale você, o Sr., a Sr.a
  • Falai vós
  • Falem vocês

b) Imperativo Negativo

Basta antepor o advérbio de negação “não” às formas do presente do subjuntivo, excluídas as primeiras pessoas (eu, nós):

  • Não fales tu
  • Não fale você, o Sr., a Sr.a
  • Não faleis vós
  • Não falem vocês, os Sr.s, as Sr.“

IMPORTANTE

Como você pode conferir no Conjuga-me.net, não há a primeira pessoa do singular.

As terceiras pessoas do imperativo se referem aos pronomes de tratamento você(s), e não a ele(s). Lembrando que formalmente “você” ainda não se tornou pronome pessoal.

“Quando a pessoa que fala se associa àquelas a quem se dirige, há possibilidade de se empregarem formas como louvemos, não vendamos etc.
Exemplos:
Louvemos a Deus todos os dias.
Não vendamos a casa de nossos antepassados.
Por isso, alguns autores incluem no imperativo a forma da primeira
pessoa do plural.” (ROCHA LIMA, 2011, p. 177)

Referências:

ROCHA LIMA. Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa / Rocha Lima. 49.ed. – 49.ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. pp. 176-177.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa / Evanildo Bechara. – 37. ed. rev., ampl. e atual. conforme o novo Acordo Ortográfico. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

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