No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quem acerta mais questões não garante maior pontuação. No Enem, o que conta para a pontuação final não é o número total de questões acertadas. Se o aluno realmente sabia a resposta certa, sua pontuação será maior. Utilizando a Teoria da Resposta ao Item (TRI), pode-se saber precisamente se o aluno avaliado sabia ou não a resposta correta.
Como a TRI sabe que foi “chute”?
Desde 2011, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) utiliza esse método para o cálculo das notas do Enem. Esse modelo estatístico consegue identificar o “chute” com base no padrão de respostas dadas pelo aluno.
Ao elaborar a prova, a banca estipula, por exemplo, três grupos de questões: de 1 a 10 – fáceis, de 11 a 20 – médias e de 21 a 30 – difíceis. Acertar todas as questões de 1 a 10 não é o mesmo que acertar todas as de 21 a 30. Nesse raciocínio, dois estudantes acertaram 10 questões, mas as notas não são as mesmas por, basicamente, dois fatores:
- O estudante A acertou todas as questões fáceis, mas o estudante B acertou todas as questões difíceis;
- O estudante A respondeu a muitas questões da prova marcando a opção “E”, mas o estudante B marcou outras opções sem seguir um padrão específico.
A TRI é boa para quem?
Em todo concurso que utiliza uma prova para selecionar os candidatos, espera-se que somente os mais capazes sejam classificados. Atualmente, vemos um número muito reduzido de vagas e um número crescente de candidatos. Muitos concursos públicos também utilizam esse método para selecionar apenas os candidatos mais bem preparados.
Se você pensa que “na dúvida, marque a letra C” existe a possibilidade de acerto, mas se isso se configurar um padrão na sua prova, sua nota pode não ser tão alta quanto você espera.
Ver também
CMS-BA (2017) – ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL: Questões de Português
BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO 2015 – Questões de Português Comentadas
MPBA: ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – Questões de Português