Poucas pessoas sabem, mas o nome completo do Brasil é República Federativa do Brasil. Aos 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da República. A figura central nesse golpe militar foi o Mal. Deodoro da Fonseca. O Imperador D. Pedro II foi exilado para a França e a família real perdeu qualquer influência política no Brasil. Este artigo pretende relacionar esse momento tão importante da nossa história com a nossa língua e literatura.
O que aconteceu depois da Proclamação da República?
O Brasil vive numa República Federativa, nesse sistema, o país é dividido em estados federados que mantêm algum grau de autonomia, mas não de soberania, estes respondem à União. Chamamos República Velha o período histórico que vai desde a proclamação da república, 1889, até o ano de 1930. O início da República foi intensamente marcado por revoltas fortemente reprimidas pelo Estado. Militares e políticos de São Paulo e de Minas Gerais se revesaram no comando do país nesses quase quarenta anos.
A organização que surgiu na Europa, especialmente Roma, tomou a forma como conhecemos a partir de 1787 nos Estados Unidos da América. O Brasil passou por alguns momentos muito significativos em sua história republicana, revoltas, golpes militares, participação na II Guerra. São seis versões de República, e teve candidato à Presidência, em 2018, propondo refundá-la.
Efeitos da República na Literatura
Alguns escritores viveram o período das transformações políticas. Alguns autores podem fornecer informações muito valiosas sobre como a sociedade reagiu diante de tamanha transformação. Os estilos Realismo, Naturalismo e Parnasianismo são da mesma década da proclamação da República; o Simbolismo é o estilo literário já imerso nesse novo modelo de sociedade. Entre os escritores mais conhecidos dessa época, Machado de Assis foi o que produziu várias obras nesse período de transformação.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó(1904) e Memorial de Aires (1908), Várias Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1899), e Relíquias da Casa Velha(1906)
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo, apresentam uma sociedade brasileira ainda monarquista, mas já se pode notar uma alteração no seu comportamento.
A partir de 1902, com Os Sertões, Euclides da Cunha denuncia as atrocidades cometidas pelo novo regime, principalmente a Gerra de Canudos. Lima Barreto faz duras crísticas ao governo e à sociedade ainda muito preconceituosa nos livros Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911) e Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1917).
Quase trinta anos depois da proclamação da República, a classe artística tinha outros problemas com os quais se preocupar. Surgiram novas formas de lidar com tais questões modernas. Com o Modernismo e a Semana de Arte Moderna de 1922, novas formas de fazer arte foram adotadas, seguindo os novos tempos da sociedade brasileira.
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